Faz cerca de dois mil anos que Jesus, seus discípulos e os
apóstolos perpetuaram em livro – a Bíblia – a vontade de Deus e todo
conhecimento possível sobre Ele. Foram homens inspirados por Deus. O Espírito
Santo veio para, dentre outras atividades, iluminar Seus filhos no conhecimento
de toda a verdade (João 14:16-17; João 15:26-27; João 16:08-11).
Vinte séculos depois, os ensinos de Jesus, nunca foram tão
deturpados. Toda uma geração de cristãos está sendo vitimada por um ensino
caótico, pobre, sem padrão moral, sem teologia bíblica, sem doutrina salutar e,
por isso mesmo, alheia à Bíblia. Por isso, o cristianismo evangélico sofre de
nanismo espiritual. É uma espécie de hipodesenvolvimento espiritual acentuado,
atribuível exatamente pela ingestão de “alimento estragado” por hermenêuticas
nauseabundas. O resultado é um crescimento (quando há) atrofiado. Quase sempre
esse nanismo produz uma suspensão de qualquer crescimento espiritual. Os “ventos
de doutrina” se tornam facilmente assimiláveis.
Os “ventos de doutrina” se tornam palatáveis. Afinal, eles
não exigem quase nada. Não há a conscientização do que seja “pertencer a Jesus
Cristo”. As pessoas “aceitam a Jesus”... mas, não “recebem a Jesus” como
Senhor. Ele é tão somente salvador... sem ser senhor. Portanto, não há servidão
a Ele e, muito menos, o senhorio de Cristo. Os cristãos vivem e fazem da Bíblia
uma simples “caixinha de promessas”. É a
“Teologia
do Mergulhe e Pule”. Nesta só existem promessas... e nenhum mandamento.
Mergulha-se nas promessas e pulam-se os mandamentos! A igreja de Corinto foi
exemplo de igreja que não tinha maturidade cristã.
Há igrejas e pastores produzindo cristãos de verdade. São
poucos, é verdade... mas existem. Todavia, a maioria nasce espiritualmente nanomélica.
Isso acontece porque o interesse é esse mesmo: a produção de sub cristãos,
levados por “ventos de doutrina” produtores das teologias vicejantes e que
grassam o cenário cristão. Há interesses latentes financeiros, e ou, de poder; subjacentes
ao evangelho sadio. Nem de longe estou falando de “modernismo”, mas de um
cristianismo que se diz ortodoxo... mas, os fins são escusos. Quem tiver
inteligência espiritual para entender... que entenda!
Os cristãos se “auto medem”, se “auto avaliam” à luz de
pastores, bispos, apóstolos e, até, querubins humanos. Veja aonde se chegou!
Longe demais em tantas heresias. A qualidade espiritual quedou-se
drasticamente. A busca pela maturidade no Espírito resume-se a “encontrões”, “louvorzões”,
“subidas ao monte”, “cânticos putrefatos teologicamente”. Verdadeiras catarses
espirituais que se esboroam na primeira crise da segunda-feira. Sem entrar na
famigerada “teologia da prosperidade”; essa sim, verdadeiro “ópio” espiritual.
A igreja imita o mundo e a recíproca não é verdadeira! A
alegria no Senhor foi substituída pela alegria do “vamos pular” e outras
aberrações vividas nos “palcos” cristãos. A verdade é que o cristianismo não
mais produz santos, com raras exceções. Não há busca por santificação, até
porque, para isso, é necessário um profundo reconhecimento das mazelas pessoais
– os pecados – que hoje possuem nomes sofisticados. Dizer pecado é pecado,
nessas lides!
Jesus, e tão somente Ele precisa voltar a ser padrão de
medida para a igreja. O resto precisa ser tirado de cena. Hoje, digo novamente,
os holofotes estão sobre os homens, sobre líderes (sic), sobre astros (sic) e
não sobre Jesus e sua cruz. Há muita midiolatria, pastorlatria, apostolatria,
missiolatria, igrejalatria e até bibliolatria (perdoem-me se essas palavras não
existem... mas, deveriam existir). Jesus, e tão somente Ele, tem que nortear a
Palavra e a Ação da igreja.
A igreja está ensimesmada. Para dentro. Enclausurada. No Novo
Testamento não era assim. Um dia ouvi um pregador (não me lembro quem) dizer
sobre a MALDIÇÃO DOS TEMPLOS. Estes aprisionam o evangelho. A igreja
diz: Venham! Jesus disse: Ide! Que
aprendamos com John Knox que orava incessante: “Deus, dá-me a Escócia ou eu
morro”. Ele produziu o grande avivamento escocês, que a maioria dos cristãos
não sabe nem o que significa. – Deus, dá-nos homens e mulheres de Deus que
queiram se aprofundar no conhecimento do Senhor Jesus e paguem o preço da produção
de um verdadeiro avivamento espiritual bíblico nestas plagas brasileiras. Amém!
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