domingo, 27 de janeiro de 2013

TEOLOGIA DO MERGULHE E PULE


Faz cerca de dois mil anos que Jesus, seus discípulos e os apóstolos perpetuaram em livro – a Bíblia – a vontade de Deus e todo conhecimento possível sobre Ele. Foram homens inspirados por Deus. O Espírito Santo veio para, dentre outras atividades, iluminar Seus filhos no conhecimento de toda a verdade (João 14:16-17; João 15:26-27; João 16:08-11).

Vinte séculos depois, os ensinos de Jesus, nunca foram tão deturpados. Toda uma geração de cristãos está sendo vitimada por um ensino caótico, pobre, sem padrão moral, sem teologia bíblica, sem doutrina salutar e, por isso mesmo, alheia à Bíblia. Por isso, o cristianismo evangélico sofre de nanismo espiritual. É uma espécie de hipodesenvolvimento espiritual acentuado, atribuível exatamente pela ingestão de “alimento estragado” por hermenêuticas nauseabundas. O resultado é um crescimento (quando há) atrofiado. Quase sempre esse nanismo produz uma suspensão de qualquer crescimento espiritual. Os “ventos de doutrina” se tornam facilmente assimiláveis.

Os “ventos de doutrina” se tornam palatáveis. Afinal, eles não exigem quase nada. Não há a conscientização do que seja “pertencer a Jesus Cristo”. As pessoas “aceitam a Jesus”... mas, não “recebem a Jesus” como Senhor. Ele é tão somente salvador... sem ser senhor. Portanto, não há servidão a Ele e, muito menos, o senhorio de Cristo. Os cristãos vivem e fazem da Bíblia uma simples “caixinha de promessas”.  É a “Teologia do Mergulhe e Pule”. Nesta só existem promessas... e nenhum mandamento. Mergulha-se nas promessas e pulam-se os mandamentos! A igreja de Corinto foi exemplo de igreja que não tinha maturidade cristã.

Há igrejas e pastores produzindo cristãos de verdade. São poucos, é verdade... mas existem. Todavia, a maioria nasce espiritualmente nanomélica. Isso acontece porque o interesse é esse mesmo: a produção de sub cristãos, levados por “ventos de doutrina” produtores das teologias vicejantes e que grassam o cenário cristão. Há interesses latentes financeiros, e ou, de poder; subjacentes ao evangelho sadio. Nem de longe estou falando de “modernismo”, mas de um cristianismo que se diz ortodoxo... mas, os fins são escusos. Quem tiver inteligência espiritual para entender... que entenda!

Os cristãos se “auto medem”, se “auto avaliam” à luz de pastores, bispos, apóstolos e, até, querubins humanos. Veja aonde se chegou! Longe demais em tantas heresias. A qualidade espiritual quedou-se drasticamente. A busca pela maturidade no Espírito resume-se a “encontrões”, “louvorzões”, “subidas ao monte”, “cânticos putrefatos teologicamente”. Verdadeiras catarses espirituais que se esboroam na primeira crise da segunda-feira. Sem entrar na famigerada “teologia da prosperidade”; essa sim, verdadeiro “ópio” espiritual.

A igreja imita o mundo e a recíproca não é verdadeira! A alegria no Senhor foi substituída pela alegria do “vamos pular” e outras aberrações vividas nos “palcos” cristãos. A verdade é que o cristianismo não mais produz santos, com raras exceções. Não há busca por santificação, até porque, para isso, é necessário um profundo reconhecimento das mazelas pessoais – os pecados – que hoje possuem nomes sofisticados. Dizer pecado é pecado, nessas lides!

Jesus, e tão somente Ele precisa voltar a ser padrão de medida para a igreja. O resto precisa ser tirado de cena. Hoje, digo novamente, os holofotes estão sobre os homens, sobre líderes (sic), sobre astros (sic) e não sobre Jesus e sua cruz. Há muita midiolatria, pastorlatria, apostolatria, missiolatria, igrejalatria e até bibliolatria (perdoem-me se essas palavras não existem... mas, deveriam existir). Jesus, e tão somente Ele, tem que nortear a Palavra e a Ação da igreja.

A igreja está ensimesmada. Para dentro. Enclausurada. No Novo Testamento não era assim. Um dia ouvi um pregador (não me lembro quem) dizer sobre a MALDIÇÃO DOS TEMPLOS. Estes aprisionam o evangelho. A igreja diz: Venham! Jesus disse: Ide!  Que aprendamos com John Knox que orava incessante: “Deus, dá-me a Escócia ou eu morro”. Ele produziu o grande avivamento escocês, que a maioria dos cristãos não sabe nem o que significa. – Deus, dá-nos homens e mulheres de Deus que queiram se aprofundar no conhecimento do Senhor Jesus e paguem o preço da produção de um verdadeiro avivamento espiritual bíblico nestas plagas brasileiras. Amém!

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