“Mudança
de mente”!
Bem... quero esclarecer melhor.
O português é uma
língua neolatina originada na transformação do latim, ao longo do tempo. O latim era um simples dialeto dos pastores
do campo do pequeno território do Lácio, na Itália. Cresceu tanto que dominou as demais línguas
na Península Itálica à medida que os romanos se expandiam e aprimoravam sua
cultura em contato com a grega. Com a
expansão romana, o latim foi imposto como língua oficial aos países
conquistados; afinal a língua constitui importante instrumento de dominação.
Assim, no o contato
com a cultura helênica, o latim e, posteriormente o português, foi impregnado
com a língua grega dos grandes filósofos. Por exemplo: “agorafobia”, que em
português significa “medo mórbido a lugares públicos ou praças”, tem sua origem
no grego “ágora” (praça pública).
Metanóia é uma
transliteração do grego e tem, na sua tradução, uma ampla aplicação: mudança
profunda e radical de mente, incluindo as faculdades de percepção, compreensão,
emoções, juízo e vontade; mudança do homem interior; mudança de opinião.
Teologicamente pode-se
dizer que o termo significa transformação de pensamento, e ou, de caráter.
Implícito está no termo que tal mudança deve acontecer no interior. Do lado de
dentro. Fora será o reflexo. As ações é que vão dizer se houve metanóia.
Paulo enfatiza em
Romanos 12:2 “... mas transformem-se pela renovação da sua mente...”. Pelo
contexto ele pedia que os cristãos não vivessem como viviam as pessoas em
geral, mas que fossem transformados por meio da mais completa mudança de mente.
Só assim poderiam conhecer a soberana vontade de Deus que sempre seria boa,
perfeita e agradável.
O evangelho de Cristo
só será autêntico na vida do discípulo, se todo pecado for dilacerado da mente
e das entranhas do coração.
Assim, quando o
Espírito Santo promove a metanóia, Deus assume o controle da mente, da razão. Consequência:
mudança completa no “modus operandis” do novo discípulo: no trabalho, no
ônibus, no metrô, na partida de futebol, no namoro, na hora da avaliação na
escola, na roda de amigos, no falar, nas ações. Tudo passa a refletir uma
mudança de atitude. A metanóia vem de dentro para fora.
O ser humano não passa
a ser outra pessoa ou ter outra personalidade. Seu passado e sua história não
mudam. A mudança acontecerá a partir de agora... até o futuro. Há uma vida nova
a ser percorrida ocasionada pela “mudança de mente” efetuada pelo Espírito
Santo de Deus.
A partir da metanóia
não é mais o “velho homem” que vive, mas um “novo homem” passa a viver; e esse
viver será através de ações extrapoladas para o viver diário. O ser humano que
sofre a metanóia passa a dizer e a viver assim: “Fui crucificado com Cristo.
Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo
no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”
(Gl. 2:20 NVI).
Quando a metanóia
acontece, todo corpo passa a ser oferecido a Deus. Começa uma verdadeira luta
por espiritualidade autêntica embasada na Palavra de Deus. Passa a não mais
existir o “crente domingueiro”, mas o cristão de domingo a domingo. As ações
passam para além do umbigo, ou seja, começa a refletir em todos que estejam em
derredor. Isso só tem sentido quando o mundo ver em cada cristão o brilho da “luz”
e o sabor do “sal”; afinal, Jesus afirmou que seus discípulos seriam “sal e
luz” do mundo... para que este visse as “boas obras” de cada um e, com isso,
passassem a glorificar ao Pai.
Como estão vivendo os
cristãos dos dias atuais? Suas obras glorificam ao Pai? Os cultos são centrados
na “CRUZ DE CRISTO” ou na vanglória humana? Que mensagem é transmitida ao ser
humano sedento por salvação?
Que evangelho frívolo é
esse que está sendo vivenciado no dia-a-dia dos cristãos? Que evangelho é esse
onde o centro não é a CRUZ nem o Senhor da Cruz; mas, o homem.
Este espaço surgiu
para fazer reflexões sobre o viver cristão hodierno. Metanóia é, portanto,
mudança de mente! Mudança que molda o modo de viver e agir do cristão. Cristo e
a Sua Cruz – tão somente – devem estar sob os holofotes. Ninguém mais.
Este é o princípio das
dores! Que Deus nos abençoe.
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