segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CARNAVAL! O Maior Espetáculo da Terra. (parte II)


Quarto Ato. Qual o custo do carnaval? Custo moral, familiar, financeiro, espiritual... e você pode acrescentar outros. Levando em conta que, com a nova lei seca, houve redução verdadeira nos acidentes, alguns números ainda são estarrecedores. Os dados que passo são APENAS das estradas federais. Acidentes 3.149. Feridos: 1.793. Mortes: 157. Motoristas embriagados autuados e com carteira de habilitação recolhida: 1.932. Motoristas presos em flagrante: 607. Somem-se a isso os números das estradas estaduais e municipais de todo imenso Brasil. Todos esses números fatídicos seriam evitados se não existisse o carnaval.  

Somadas todas as mortes durante o carnaval, o número de mortos extrapolou em muito ao número de mortos da tragédia da cidade de Santa Maria/RS. Lá estão tentando achar os culpados da forma mais absurda possível (escrevi artigo sobre isso neste blog). Mas, a comoção foi nacional. A mídia jogou todos seus focos sobre a tragédia. Fora as mortes, no carnaval, há centenas de pessoas acidentadas, drogadas, estupradas, assaltos, assassinatos... tragédia total. Mas, vale tudo em nome da alegria. Não há comoção nacional. Afinal, no carnaval morre-se em nome da alegria. 

O carnaval de muito antanho era uma festa popular. Faz muito tempo que deixou de sê-lo. Virou negócio de ricos. Quem é que adentra os camarotes VIPs? Com certeza não é o povão. E as festas privadas quanto custam? Não é para o bolso popular. Um abadá pode chegar a R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Festa popular? Como? Quem pode pagar isso? Não é o povão. O camarote pode chegar a R1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) por dia. Quem pode pagar isso? Definitivamente não é festa popular.  Na Bahia, nos circuitos, as ruas são fechadas pela polícia. Quem pode entrar? Quem estiver com abadá. Você já sabe os preços. Então... isso não é festa popular. Chamam os abadás de “passaporte da alegria”. Bem, então só os ricos podem ter alegria. Coitada da festa popular. 

Fora isso, o poder público, entra com o rico dinheirinho dos pobres – impostos que todos pagamos – para dar aos ricos. Artistas e cantores recebem – e muito – para estarem, cantarem ou promoverem o carnaval. Milhões são gastos... ou eles não sobem ao palco, com honrosas exceções. Fora isso, as músicas – quase todas – não passam de bobagens. Letras chicletes que grudam no cérebro de um povo sem cultura e que, na verdade, não dizem nada. Aliás, dizem sim. Dizem chavões lascivos, sexuais e perniciosos que são introjetados no cotidiano mental das pessoas. É bem verdade que a maioria das letras “gospel” também não diz nada. Muitas são aberrações teológicas.  As boas músicas, no carnaval e nas igrejas, estão sendo deixadas de lada... e faz muito tempo. 

Quando uma parturiente chama uma ambulância por ter como chegar ao hospital... onde ela está? Quando ela aparece, normalmente, a criança já nasceu no meio da rua ou em um táxi. Quando a mãe desesperada liga por causa de um filho, marido, vizinho ou mendigo que está passando mal... onde está a ambulância? Quando aparece, normalmente, o sofrimento já foi demais; quando não, a morte já chegou. Mas, vi pela televisão ambulância à disposição em todos os lugares... durante toda a folia e em todos os lugares. É o dinheiro do povo sendo gasto insensatamente. 

Quanto os cofres públicos gasta com o atendimento aos feridos, aos mortos, aos bêbados, às curetagens em meninas. Quanto custa o atendimento aos estupros do carnaval? Quanto custam as indenizações por morte e invalidez?  Quanto é gasto anualmente com os tratamentos das DSTs transmitidas durante o carnaval; onde tudo é permitido em nome da alegria e da liberdade? Bem... a lista iria muito longe. 

Qualquer incidente no carnaval, imediatamente a polícia aparecia com seus garbosos uniformes e cassetetes. Nada contra ela. Aliás, é dever dela proteger os cidadãos, evitar as brigas, os acidentes e incidentes.  Mas, onde está ela que não propicia segurança no dia-a-dia da população? Onde está ela quando os cidadãos são assaltados, maltratados, mortos, roubados, sequestrados no dia-a-dia.  Por que o policiamento não é ostensivo?  Bem, no carnaval é. Que país injusto é esse. 

O Código Penal Brasileiro, através do decreto-lei 2848/40 explicita, tipifica e dá as penas para ATO OBSCENO. Se o leitor se interessar, leia todo artigo do Código Penal e vai entender. O fato é que o Ato Obsceno é punível com detenção de três meses a um ano, ou multa. Consiste na prática de obscenidade em lugar público, ou aberto ou exposto ao público. Não quero me estender em definições. O leitor poderá fazê-lo. Todavia, o que se vê na maioria dos desfiles, nos bailes e correlatos carnavalescos são atos obscenos. Há exposição de seios, genitálias, nádegas e atos libidinosos em público; isso sem contar com os “mijões” públicos. E o que dizer dos prostitutos e prostitutas seminus por estes carnavais afora? Não estou criticando a estes. Estou criticando o descumprimento da lei em favor da libertinagem carnavalesca porque os “poderosos” ganham muito dinheiro com o carnaval. Vão dizer que a lei é retrógrada e antiquada. Então, que se mudem primeiramente as leis. Enquanto isso um pobre homem foi espancado e preso porque “incomodava” alguém com sua música em uma calçada. Quanta injustiça.

Quem lucra com o carnaval é o bicheiro, são as cervejarias, as indústrias de bebidas, os trios elétricos. Aliás, um deles, na Bahia, importou um sul coreano que canta uma tal de “eguinha pocotó” importada. Você sabe quanto isso custou? Talvez, por isso, muitos “evangélicos”, também, estejam aderindo. 

Sem medo de errar, no Brasil o carnaval está introjetado na vida social da maior parte da sociedade, sendo visto com leniência e cumplicidade. Mas, na verdade, ele tem a conotação de transgressão. A tônica é a alegria. O “passaporte” é a alegria. Disfarce satânico. Disfarçado de alegria, o carnaval promove a mais baixa promiscuidade sexual, crianças e adolescentes são levados à prostituição, a violência nas grandes e pequenas cidades se exacerba. As drogas lícitas e ilícitas correm soltas e são consumidas por todas as faixas etárias gerando violência, desconstrução de valores familiares e sociais. 

Quinto Ato. Realmente, creio eu, não vale a pena ao cristão verdadeiro, enredar-se pelo carnaval. Jesus disse: “Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, quão tremendas trevas são”! 

Quero, a guisa de rápido comentário pastoral fazer algumas considerações sobre o papel e valores a que deve se ater o cristão que preza as coisas do Seu Senhor (Jesus) e os Seus ensinos inerrantes, eternos, únicos, imutáveis e que, ao longo da história, tem modificado vidas... sempre pra melhor. 

Primeiro: Quais as obras da carne? “... imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus”. Veja: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, discórdia, dissensões, orgias e coisas semelhantes...! Isso tudo e muito mais não é próprio do carnaval? Melhor abster-se do que “não herdar o reino de Deus”. Não que o cometer essas coisas é o fator que leva ao inferno; mas, os que praticam tais coisas nunca pertenceram ao Senhor Jesus e, exatamente por isso, não herdarão o Reino. São evangélicos nominais apenas. Estude com carinho Mateus 7:21-23.

Segundo: Jesus requer pureza do verdadeiro seguidor dEle. Só este item daria para escrever um livro. Por isso, apenas faço algumas considerações em I Coríntios 6:9-20 (leia, por favor, na sua Bíblia). Interessante que o apóstolo diz no verso 12 “Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada me domine”. No verso 13 ele continua: “... O corpo, porém, não é para a imoralidade (veja o que isso significa, grifo meu), mas para o Senhor...”. E, depois de exortar a que se fuja da imoralidade sexual (verso 18) ele assevera: “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, e que vocês não são de si mesmos?”(verso 19). 

Tudo depende do alimento que dou ao meu corpo e à minha mente. Gálatas 5:16-18 informa sobre a luta intensa entre o Espírito que habita no verdadeiro cristão e a carne (a velha natureza, o velho homem). Se eu alimento o Espírito, este estrangula os desejos carnais e os imobiliza. Se eu alimento a carne e seus desejos; além de entristecer o Espírito, este vai ficando sem poder agir porque Ele dá liberdade ao ser humano, respeitando seu livre-arbítrio (não me falem no texto de “perda da salvação”). O carnaval, em hipótese alguma, alimenta as coisas espirituais. 

Isto posto, tenho certeza que não vale a pena a qualquer cristão, verdadeiramente salvo por Jesus Cristo, enredar-se pelo carnaval. A Bíblia nos incita a que nos afastemos da “aparência do mal”, inclusive. Não deixe valores imorais e contrários aos ensinados pela Bíblia sejam semeados em seu coração e mente. 

Sexto Ato. O último. O “Maior Espetáculo da Terra”.  O verdadeiro. Absolutamente, o maior espetáculo da terra de todos os tempos é bem outro. Volto-me para um pequeno monte nas cercanias de Jerusalém. O Gólgota. Lá estavam três cruzes. Dimas de um lado, Gestas de outro (nomes segundo alguns historiadores) e Jesus Cristo ao centro. Ele estava na cruz do meio, a maior. A haste da vertical unindo o Pai aos homens. O céu à terra. Na haste horizontal os braços estendidos de Jesus. Unindo a humanidade. Abençoando a todos. Ao dar o brado e expirar, Ele carregou o pecado de toda a humanidade, unindo o céu à terra. O Pai aos homens. Ao dar o brado e expirar, Ele estava, com Seus braços, abençoando e distribuindo a salvação a todos que se dispusessem a recebê-la.  Esse sim foi o MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA. O meu Senhor Jesus gotejando Seu sangue precioso por mim e por todos aqueles que querem usufruir da verdadeira alegria. A paz verdadeira, o amor verdadeiro, a felicidade verdadeira e eterna.

Gólgota. Cruz. Cristo. Perdão. Amor. Salvação. Este conjunto sim; foi, é e sempre será o MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA. Amém!




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